terça-feira, 21 de julho de 2015

A morte de Sofia



Ele sabia. Há quarenta e dois dias que aquela relação estava moribunda…
Sentia que, mais dia menos dia, o seu sonho lindo teria fim.
Mesmo assim insistiu. Ela percebeu e ofereceu-lhe a outra face ao entreabrir uma janela para nova oportunidade.
Ele, por momentos, acreditou que, apesar de ínfima, haveria hipótese de continuar(em).
Começara a semana reflectindo naquilo que os uniu durante três anos,  sem cinismos nem paternalismos de qualquer espécie e concluíra que não tinha o direito a aspirar mais o que quer que fosse. 
Deveria deixar o Destino fazer aquilo que (tão bem ou mal) sempre faz nestes casos.
Por  isso, hoje não fora apanhado desprevenido quando ela lhe falou “sem os olhos nos olhos” como sempre gostava que fizessem. Percebeu-a, desde logo, comprometida com qualquer coisa mais forte que ele. E ainda bem!  
Perceber que a Sofia “morreu” terá sido a sua enorme alegria de hoje. Quase, quase compensadora do desgosto que representa perde-la e deixar de poder ser tão diferentemente feliz como era quando com ela estava.
Afinal ele tivera razão em adivinhar que o “Call Me - dos Shinedown” publicado dias antes no "face" fora-lhe dedicado... pela Maria - viva e recomendável!

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